São diferentes línguas, costumes, vestuários, hábitos alimentares e ritmos que fazem a beleza da nação guineense.
Esta beleza cultural que forma a nação guineense não está só nas diferenças culturais, mas também no que têm em comum os vários grupos étnicos: continuidade linguística, de costumes, de hábitos alimentares e de ritmos.
“Grupos de Mandjuandadi como forma de manifestação cultural guineense” Porém, há que se constatar que esta riqueza não tem sido devidamente valorizada. Quando o assunto é cultura, observa-se a falta de quase tudo em termos de apropriação, registo e valorização do património histórico e cultural da Guiné-Bissau. Museus, bibliotecas, teatros, salas de cinemas e de espetáculos, são algumas das infraestruturas que podemos citar e que fazem falta neste processo. Seria a ausência de uma política cultural?
Ou estaríamos na presença de uma política cultural de apropriação e valorização do supérfluo? Da aplicação da política e da lei do menor esforço e de maior ganho em menos tempo possível? Ou da aplicação da política dos “4 des”: desmotivação, desmobilização, desinteresse e desresponsabilização do Estado nas questões estruturantes da vida cultural do seu povo? Abrindo assim crateras para atuação de um certo privado que empurra, atropela, pisa e esmaga a “velha cultura” para a promoção, estímulo e incentivo dessa “nova cultura” sem “árbitros” e nem “balizas” pois o Estado nem “fora do jogo” e muito menos nas “bancadas” se encontra!
Deve-se realçar que, na Guiné-Bissau, a oralidade ocupa um lugar muito importante; o cantar é onipresente, pois acompanha o contar – a narrativa –, o riso e o pranto, a alegria e a dor. O nascimento, a iniciação, o casamento, a morte, os mortos e os ancestrais proporcionam momentos de exaltação coletiva e são motivos para se entoarem as mais diversas canções.[1]
Nesta 25º edição do Cidadania Ativa, vamo-nos sobre uma dimensão específica da cultura na Guiné-Bissau: os grupos de Mandjundadi - associações informais voluntárias com participação predominante de mulheres.
Denominadas em crioulo mandjuandadi, acumulam várias funções, perseguindo diversos objetivos: poupança e compra coletiva de bens de consumo, crédito individual aos membros, celebração de cerimônias familiares e religiosas e ainda organização de acontecimentos lúdicos.[2] Cantigas e ditos tradicionais. As mandjuandadi são estudadas também como lugar de manifestação cultural no qual as cantigas de dito são criadas, ganham corpo, ritmo, performance.
Assim, a Cidadania Ativa desta semana levanta algumas questões:
Que contribuições deram esses grupos e essas formas de fazer cultura para a consolidação da ideia da identidade nacional?
Pode-se falar numa relação entre a ideia de guinendadi e essa forma especifica de fazer cultura?
Que papel desempenha o canto para o desenvolvimento de uma mulher e um homem guineense, desde seu nascimento até a sua ancestralidade?
Segundo estudiosos, grupos de mandjuandadi desempenham, também, funções de promoção de uma certa coesão social.
Os grupos continuam a desempenhar essas funções?
Que lugar tem estes grupos de mandjuandadi, num contexto político e de democracia fragilizada como o da Guiné-Bissau?
Em tempos de “mudanças de regime" de que forma estas organizações/grupos se manifestam?
Sendo uma forma específica de manifestação cultural, como podem contribuir no processo e estabilização da Paz?
Sendo um grupo que transmite a tradição/cultura de forma oral, de que forma pode o país apropriar dos seus trabalhos?
Partindo do princípio que, os grupos de mandjuandadi, pretendem perpetuar essa forma de manifestação cultural, certamente que organizam-se para transmitir os saberes aos mais novos. De que forma isso é feito?
Por outro lado, e partindo do mesmo princípio, é de esperar que os grupos mobilizem gentes mais novas. Será que existem estratégias claras de mobilização dos jovens? Se sim, que estratégias são essas? Por último, o que os inspira?
E como inspiraram os mais novos?
Ou estaríamos na presença de uma política cultural de apropriação e valorização do supérfluo? Da aplicação da política e da lei do menor esforço e de maior ganho em menos tempo possível? Ou da aplicação da política dos “4 des”: desmotivação, desmobilização, desinteresse e desresponsabilização do Estado nas questões estruturantes da vida cultural do seu povo? Abrindo assim crateras para atuação de um certo privado que empurra, atropela, pisa e esmaga a “velha cultura” para a promoção, estímulo e incentivo dessa “nova cultura” sem “árbitros” e nem “balizas” pois o Estado nem “fora do jogo” e muito menos nas “bancadas” se encontra!
Deve-se realçar que, na Guiné-Bissau, a oralidade ocupa um lugar muito importante; o cantar é onipresente, pois acompanha o contar – a narrativa –, o riso e o pranto, a alegria e a dor. O nascimento, a iniciação, o casamento, a morte, os mortos e os ancestrais proporcionam momentos de exaltação coletiva e são motivos para se entoarem as mais diversas canções.[1]
Nesta 25º edição do Cidadania Ativa, vamo-nos sobre uma dimensão específica da cultura na Guiné-Bissau: os grupos de Mandjundadi - associações informais voluntárias com participação predominante de mulheres.
Denominadas em crioulo mandjuandadi, acumulam várias funções, perseguindo diversos objetivos: poupança e compra coletiva de bens de consumo, crédito individual aos membros, celebração de cerimônias familiares e religiosas e ainda organização de acontecimentos lúdicos.[2] Cantigas e ditos tradicionais. As mandjuandadi são estudadas também como lugar de manifestação cultural no qual as cantigas de dito são criadas, ganham corpo, ritmo, performance.
Assim, a Cidadania Ativa desta semana levanta algumas questões:
Que contribuições deram esses grupos e essas formas de fazer cultura para a consolidação da ideia da identidade nacional?
Pode-se falar numa relação entre a ideia de guinendadi e essa forma especifica de fazer cultura?
Que papel desempenha o canto para o desenvolvimento de uma mulher e um homem guineense, desde seu nascimento até a sua ancestralidade?
Segundo estudiosos, grupos de mandjuandadi desempenham, também, funções de promoção de uma certa coesão social.
Os grupos continuam a desempenhar essas funções?
Que lugar tem estes grupos de mandjuandadi, num contexto político e de democracia fragilizada como o da Guiné-Bissau?
Em tempos de “mudanças de regime" de que forma estas organizações/grupos se manifestam?
Sendo uma forma específica de manifestação cultural, como podem contribuir no processo e estabilização da Paz?
Sendo um grupo que transmite a tradição/cultura de forma oral, de que forma pode o país apropriar dos seus trabalhos?
Partindo do princípio que, os grupos de mandjuandadi, pretendem perpetuar essa forma de manifestação cultural, certamente que organizam-se para transmitir os saberes aos mais novos. De que forma isso é feito?
Por outro lado, e partindo do mesmo princípio, é de esperar que os grupos mobilizem gentes mais novas. Será que existem estratégias claras de mobilização dos jovens? Se sim, que estratégias são essas? Por último, o que os inspira?
E como inspiraram os mais novos?
Fonte: http://acaocidadao2012.blogspot.com.br/2012/12/grupos-de-mandjuandadi-como-forma-de.html